segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

poesia ao sol


arquivo pessoal

a leveza no andar
e a doçura do tom
desmanchando a sombra que ficou,
e uma nuvem qualquer que se distraiu
encarregou de deixar despontar o sol
aquecendo leve a pele branca 
iluminando o sorriso que foi cortado
a meiguice que não se pode mostrar
a voz que sempre se faz ouvir num momento de intenso pensar
: uma poesia ao sol a agasalhar com carinho esse som
esse descanso, esse vagar sentindo a brisa,
a areia e o mar na ilha banhada por incerteza,
sua confusão que se revela e rompe em toques 
 em compassos de contratempos, cheio de pausas
e os pequenos avisos sonoros a despertar
: as vezes, um alcance 
(como numa noite de ruídos e sons) 
outras, destoa
: acena um descaso e um descuido qualquer
(desfazendo a leitura da escrita concreta 
que se teceu harmonias e melodias)
mas ainda esse sol no planalto central
na lógica das asas abertas
um voo cego ainda que num céu de brigadeiro
um doce que teimo cometer,
amparar no cuidado das mãos,
tocar, moldar essa areia deslocada e silenciar para depois
: poder decolar!

(®jordanna duarte)

Nenhum comentário:

Postar um comentário